No tumultuado setor de leilões de veículos, com denúncias pipocando de todos os lados contra abusadores da boa-fé alheia, a empresa Leilões Brasil se destaca pela seriedade com que conduz o negócio e pelo respeito aos clientes desse ramo de comércio.
Leilões Brasil dá suporte aos leiloeiros que rezam pelas cartilhas das leis
Fundada em 1983 na região Centro Oeste a Leilões Brasil cresceu, ampliou e se solidificou como uma das mais importantes e respeitadas casas de apoio logístico aos leiloeiros. Ela é reconhecida no segmento como referência no cumprimento das leis que regem as relações de consumo e, por conseguinte, na honestidade e respeito dispensados aos clientes.
Não por acaso a Leilões Brasil conquistou credibilidade no mercado. Em seus leilões presenciais e online, os leiloeiros associados a ela são transparentes com os arrematantes. Nos veículos colocados à venda nos pátios, com exceção das sucatas, são informados os números das placas e dos chassis.
O zelo com a transparência nos leilões é tanta que quando algum veículo perde a placa ou tem ela roubada, o que é comum de ocorrer nos pátios, o leiloeiro a escreve em tamanho grande no capô. Todo esse cuidado objetiva manter os participantes bem informados sobre o bem que eles pretendem arrematar.
A descrição completa dos veículos nos editais, nos pregões de pátio e online é o diferencial da Leilões Brasil, pois é de suma importância para que arrematantes desavisados não sejam vítimas de golpistas. Com o número da placa ou do chassi, qualquer pessoa pode realizar pesquisas sobre a procedência do carro.
Algumas dessas pesquisas são públicas e gratuitas, como as que constam nos sites dos Detrans. Outras pesquisas são pagas e a pessoa precisa desembolsar de 15 a 150 reais para obter desde um histórico simples até um histórico detalhado do veículo.
A sede da Leilões Brasil está localizada à margem da Rodovia BR 153, em Aparecida de Goiânia, região metropolitana da capital de Goiás. Além da grande estrutura do local, a empresa conta com galpões de sustentação em Brasília (DF), Triângulo Mineiro e Palmas (TO).
Leiloeiro explica as regras do jogo
LLeony Gomes: é golpe site que promete mandar carro após pagamento
Utilizam os serviços de estratégia de coordenação prestados pela Leilões Brasil os leiloeiros públicos oficiais: Alessandra Brasil (matrícula na Juceg 030), Antônio Brasil (matrícula 019), Claide Brasil (matrícula 005) e Leony Gomes dos Santos Júnior, matriculado na Juceg sob o número 034, e que conversou com a equipe de reportagem.
Na entrevista a seguir, Leony Gomes, 58 anos, a pedido de Antônio Brasil, que conduzia um leilão de imóveis, explica como funcionam as regras do jogo nos leilões de veículos. Há 16 anos ele atua na profissão em Goiás, sempre assessorado pela Leilões Brasil.
Além de veículos de seguradoras provenientes de sinistros – aqueles recuperados de furtos ou de batidas –, Leony Gomes faz leilão de instituições financeiras a exemplo de bancos que retomam carros dados em garantia de financiamentos ou empréstimos; renovação de frotas de prefeituras, Estado, empresas privadas e de particulares também.
Nos sites dos leiloeiros qualquer pessoa pode visualizar as descrições dos veículos à venda sem precisar se identificar. Em muitos casos é informado até o número do Renavam – Registro Nacional de Veículos Automotores, um código imprescindível para se obter junto aos Detrans o conjunto de informações no cadastro de qualquer veículo,
Sem Censura – Qual é o perfil do comprador de carro em leilão?
Leony Gomes – Como nós trabalhamos mais com seguradoras; cerca de 90% dos nossos clientes são revendedores; eles compram o carro, consertam e vendem. Porém, se um particular tem cinco veículos na garagem e quer vendê-los, nós fazemos o leilão. Apesar de o preço cair um pouco, é uma venda com boa divulgação, rápida e com a garantia de receber o pagamento, pois eu só entrego o carro depois que o dinheiro está depositado na minha conta.
Sem Censura – Quais as vantagens de se comprar veículo nesse sistema de comércio?
Leony Gomes – A pessoa compra um carro até 30% mais barato que o preço normal de mercado, com toda a documentação regularizada e tem a certeza da boa procedência do bem adquirido. Quem compra um carro em leilão para revender também o fará por um preço mais barato, já que sai no documento do veículo que ele é fruto de sinistro indenizado, por ser carro retornado à seguradora.
Sem Censura – Permanece ainda a ideia comum que comprar carro em leilão é coisa de pobre?
Leony Gomes – Não! É possível e até comum arrematar carros de marcas consagradas, zero quilômetro, e isso já ocorre em Goiás. Vou leiloar veículos que eram de deputados; todos seminovos e em excelente estado de conservação. O valor é menor, mas há casos em que o preço encosta no de mercado e há alguns ainda que até ultrapassam. Exemplo disso é que se eu leiloar uma Toyota Bandeirante, daquela antiga; virá gente de todos os lugares e o valor sobe porque são muitos os interessados.
Sem Censura – Por que alguns leiloeiros camuflam as placas dos veículos nos editais e nos pátios, ora cobrindo-as com tinta, ora com a logomarca da empresa?
Leony Gomes – Da tinta eu não sei lhe responder, pois aqui não fazemos isso; vou falar da nossa realidade. Às vezes na divulgação pela internet a placa fica embaçada só pra preservar o ex-proprietário porque são veículos recuperados de sinistro que a seguradora indeniza o dono, pega o veículo de volta e aí ele vai a leilão.
Sem Censura – É legal o leiloeiro cobrir as placas até dos veículos nos pátios?
Leony Gomes – Não, não, no pátio não. Um dos motivos de quem age assim deve ser para evitar a divulgação da placa e problema com o antigo proprietário. Porém, não significa que esteja escondendo algo de errado.
Sem Censura – Mas vocês não escondem as placas e quando algum veículo está sem ela, a escreve em tamanho grande no capô para não ocultar informação do arrematante…
Leony Gomes – Um dos motivos de se cobrir as placas é que tem empresas que fotografam os veículos com as placas nos sites dos leiloeiros pra vender informações pela internet.
* “É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços”. (Artigo 37, parágrafo 1°, do Código de Defesa do Consumidor).
Sem Censura – É proibido montar bancos de dados de veículos para fornecer informações a quem procura saber sobre o bem que pretende adquirir?
Leony Gomes – Não, mas essas empresas prestam um serviço e um desserviço, pois causam muitos problemas. Alguém quer comprar um carro, paga a elas uma taxa e tem acesso a todo o histórico dele. Ocorre que às vezes é lançada uma placa errada e quando a pessoa resolve fazer um seguro do veículo ou vendê-lo, alguém puxa o histórico e diz: _ o seu carro foi comprado no leilão, na Leilões Brasil. A pessoa vai ter um problemão.
Sem Censura – Nesses problemas estaria incluída a resistência de seguradoras em fazer o seguro do carro?
Leony Gomes – Além da desvalorização no valor do carro, algumas seguradoras recusam segurar veículos provenientes de leilão. Eu vendi alguns de uma empresa de telecomunicação e sobraram dois que ela recolheu e os retornou ao trabalho. Agora a seguradora não quer fazer o seguro alegando que os veículos são de leilão sendo que eles só participaram.
* “A seguradora que recusa fazer a cobertura de carros comprados em leilão incorre em prática abusiva, com base no artigo 39, parágrafo IX, do CDC. Se o seguro do veículo for aceito, o valor não deve ser desproporcional e injustificado, sob pena de a empresa recair em cobrança abusiva”. (Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).
Sem Censura – O arrematante arca com os débitos que houver sobre o carro adquirido?
Leony Gomes – Não, as seguradoras arcam com as pendências financeiras. Quando ela retoma o carro e indeniza o cliente, faz a transferência do veículo para o nome dela e quita todos os débitos antes de colocá-lo à venda. Em alguns casos a seguradora pode avisar, os débitos que aparecer depois será por conta do comprador, mas essa prática é legal.
Sem Censura – Que documentos a pessoa precisa para arrematar um veículo?
Leony Gomes – Documentos pessoais, comprovante de endereço para constar na nota de arrematação que vai para a seguradora a fim dela fazer a documentação do carro em nome do comprador. Não é necessário comprovar renda porque o pagamento é à vista.
Sem Censura – E o leiloeiro, que documentação entrega ao arrematante após a compra do veículo?
Leony Gomes – Na hora do leilão é entregue uma via do termo de arrematação com os dados do comprador. Ele recebe uma nota de venda do leiloeiro e aguardará 30 dias, em média, para pegar o CRV – Certificado de Registro do Veículo, ou recibo, para a transferência do carro.
Sem Censura – Muita gente ainda tem medo de comprar carro em leilão…
Leony Gomes – O veículo de leilão é de procedência garantida. Foi vistoriado pela seguradora que não faria o seguro de um veículo ilegal. O leiloeiro só presta o serviço de vender o carro da seguradora, que é a responsável pela vistoria e a documentação do veículo.
Sem Censura – No leilão online que garantias o senhor oferece ao comprador?
“Eu não conheço nenhum site de leilões sério que oferece entregar o veículo, até em outros estados. Essa promessa é forte indício de que se trata de golpe” (Leony Gomes, leiloeiro)
Leony Gomes – A garantia é a idoneidade e a estrutura sólida da Leilões Brasil, com quase 40 anos de atuação no setor. No nosso site tem foto, endereço e o telefone da empresa. No site da Juceg (Junta Comercial do Estado de Goiás) constam os nomes dos leiloeiros com o número da matrícula dele naquele Órgão e os seus números de telefone celular. É tudo transparente e qualquer pessoa pode checar.
Sem Censura – Quais as suas orientações para o cidadão não ser vítima de golpe em sites de leilões de veículos?
Leony Gomes – Verificar a seriedade da empresa. A pessoa deve desconfiar quando acessa um site e vê só carros bonitos, em perfeito estado, preço muito barato. Além da oferta muito boa, os golpistas prometem entregar o veículo após o pagamento. Esses sites trazem pouca informação. Em geral não existe foto e nem endereço da empresa e não se consegue falar com ela. Eu conheço várias pessoas que pagaram pra esses sites e perderam o dinheiro.
Sem Censura – A oferta de muitas vantagens nos sites é sinônimo de estelionato?
Leony Gomes – Claro! Eu já tirei dúvidas de muita gente que me pede orientação. Uma pessoa que mora no Espírito Santo pagou para um site de São Paulo com a promessa de receber o carro em 15 dias; ele perdeu o dinheiro. Outro amigo meu me procurou com o nome do leiloeiro também de São Paulo pedindo orientação. Verifiquei na Jucesp e constatei que a matrícula dele ali era diferente. Quando esses sites prometem entregar o veículo em 15 dias é para ganhar tempo, aplicar mais golpes e desaparecer.
Sem Censura – A promessa de entrega do carro após o pagamento deve fazer a pessoa desconfiar da honestidade do leilão online?
Leony Gomes – Sim, porque eu não conheço nenhuma empresa de leilões séria que faça isso. É preciso muito cuidado porque os golpistas fazem o processo parecer legal justamente para se passar por um leiloeiro honesto, a fim de enganar as pessoas. Para não se tornar uma vítima, basta checar nas juntas comerciais se o cidadão é mesmo leiloeiro matriculado no Órgão.
Sem Censura – Eu tenho notícias de leiloeiros que cobram, além dos 5% de comissão prevista em lei, mais dinheiro do arrematante depois que ele adquire o bem, a título de taxas administrativas. O que o senhor acha disso?
Leony Gomes – Empresa séria não utiliza essa prática. A lei permite cobrar despesas de leilão do arrematante, desde que previamente combinado com o dono dos bens, o comitente, que precisa estar de acordo. Por exemplo, se eu faço um leilão do Banco do Brasil e terá despesa de leilão, o banco tem de concordar e essa informação vai constar do edital.