Vovó do Pito e o Menino Paulo – Thais Matarazzo – Camila Giudice (Ilustr) – (Edit Matarazzo) – Vovó do Pito, personagem lendária da Paulicéia, que faleceu lúcida aos 110 anos, em 1934, tem sua biografia exposta pela sempre estoica e brilhante pesquisadora, jornalista e autora da obra. O poeta Paulo Bonfim, num “papinho” de café, mencionou a ilustre figura, que a todos encantava, com seu emblemático chapéu de palha e o indefectível pito de barro, o que aguçou apetite pesquisador. Nascida escrava em Sorocaba, aos 46 anos mudou-se para São Paulo, onde trabalhava em casa grã-fina. Semblante carismático, transmitindo paz, sempre com um “causo” a ser relatado, agregava atentas pessoas aos seu redor. As redações dos jornais e emissoras de rádio a requeriam. Analfabeta, respeitadíssima pelos seus “netinhos” estudantes de Direito nas Arcadas de São Francisco. Mais uma iluminada iniciativa dessa incansável editora que sempre enaltece nossos pátrios valores. Que assim continue por longo tempo!!
Nina e Rick: Os sapinhos encantados – Edna Filipim – Isabela de Sá Leal (Ilustr) – (Scortecci) – Uma estória encantadora, conto de fadas de primeiríssima ordem. Num lago povoado por sapos, repentinamente apareceram sapo e sapa totalmente desmemoriados. Por mais que fizessem e fossem ajudados para recuperar os “dados” perdidos, não conseguiam. Resolveram sair pelo mundo para uma tentativa. Com final surpreendente, além de fazer frente aos conhecidos contos infantis internacionais. Suas aventuras levarão a galerinha aos bons sonhos. Encantador. Muito gostoso!
Retratos da Quarentena – Silvia Schmidt (Org) – Uma coletânea com temática oportuna “retratando” momentos que sem dúvida, todos estamos vivendo. São nove contos escritos por mulheres laureadas, profissionais das letras, que muito bem representam uma boa parcela da base literária nacional. Silvia foi muito feliz na escolha. As situações neles apresentadas, de maneira ficcional descrevem o cotidiano, muitas vezes absurdo, deixando patente o poder de observação e capacidade analítica para produzir textos fluidos, prazerosos de serem absorvidos. Os embates psicológicos restam evidentes. Em suma, uma bela “tacada”!